quinta-feira, 11 de junho de 2009

Haiquases






Para cada linha que risco
São três que rabisco
Até em árabe eu risco
os meus arabescos.


Na grávida
Há vida
Hávida.


Meu poema não tem bula
Não é remédio que mata
Ou que cura.


Você ainda vai ver
O meu verso
Invadindo a sua tevê.


Com um jogo de ferramentas
Desmantelo esse dicionário
Faço prosa, faço poema
E ainda sobra vocabulário.


Já transformei a minha cama em leito
Com essa minha mania de poeta
Só para dar rima, até de dia me deito.

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