Para cada linha que risco
São três que rabisco
Até em árabe eu risco
os meus arabescos.
Na grávida
Há vida
Hávida.
Meu poema não tem bula
Não é remédio que mata
Ou que cura.
Você ainda vai ver
O meu verso
Invadindo a sua tevê.
Com um jogo de ferramentas
Desmantelo esse dicionário
Faço prosa, faço poema
E ainda sobra vocabulário.
Já transformei a minha cama em leito
Com essa minha mania de poeta
Só para dar rima, até de dia me deito.
SUCESSO E PAZ!
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